domingo, 30 de junho de 2019

A MÃO DA PROFESSORA.


Quando o Dia de Ação de Graças se aproximou, uma professora da primeira série deu a seus alunos uma lição de casa:

“Ouçam todos, neste Dia de Ação de Graças, quero que vocês desenhem algo pelo qual estão gratos”.

Um peru assado, os doces e outros produtos tradicionais foram os temas da maioria dos desenhos.

Douglas fez um desenho diferente, porque era um menino diferente. Carente, frágil e infeliz. Enquanto outras crianças brincavam no recreio, Douglas ficava ao lado da professora. Só se podia tentar adivinhas a dor que Douglas escondia atrás daqueles olhos tristes.

Como era para desenhar algo pelo qual estava grato, ele desenhou uma mão. Nada mais. Apenas uma mão vazia.

O desenho capturou a imaginação de seus colegas e todos questionavam de quem seria aquela mão.

“Talvez seja a mão de um fazendeiro, porque os fazendeiros criam perus”, disse uma criança.

“Acho que é a mão de um policial, porque ele nos protege e cuida de nós”, disse outro.

“Não há dúvida de que é a mão do próprio Deus!”, disseram muitos outros.

A discussão continuou de novo e de novo, até que a professora quase esqueceu do jovem artista.

Quando as crianças já tinham ido para outras tarefas, a professora parou na mesa de Douglas, se agachou e perguntou gentilmente:

“Douglas, posso saber de quem é a mão que você desenhou?”

O garotinho olhou para ela e murmurou:

“É a sua mão, professora”.

A professora ficou completamente surpresa. Ela relembrou as vezes em que pegava sua mão e andava com ele aqui ou ali. Quantas vezes ela lhe disse:

“Pegue minha mão, Douglas, vamos sair e brincar”, “deixe eu te mostrar como segurar seu lápis” ou “vamos fazer isso juntos”.

Finalmente, Douglas disse:

“Professora, neste Dia de Ação de Graças, sou muito grato pela sua mão”.

Foi a primeira vez que ela viu Douglas sorrir.

Enxugando uma lágrima, ela falou em voz baixa:

“E neste Dia de Ação de Graças, eu sou muito grata por você, meu bom menino”.

Um professor segura a mão, abre a mente e toca o coração.

Os “Douglas” deste mundo nem sempre dizem obrigado mas se lembrarão para sempre da mão estendida.

Agradeça àqueles que derramaram sua luz para iluminar seu caminho.


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